Sinopse: O bate-papo com Jerônimo Rocha abordará os desafios da inclusão de pessoas com deficiência no meio artístico, destacando a urgência de estabelecer uma porcentagem mínima de vagas em editais públicos voltados à cultura. Quando a política se sobrepõe ao mérito artístico, é fundamental discutir a implementação de medidas concretas que garantam a participação desses artistas. No Brasil, há cerca de seis milhões de pessoas cegas, muitas das quais enfrentam grandes barreiras para acessar políticas públicas culturais. Fora casos em que o tema da deficiência está em evidência, o espaço para esses artistas ainda é extremamente limitado. A reserva de vagas, portanto, surge como um instrumento necessário para corrigir essa exclusão histórica.
As inscrições podem ser feitas presencialmente nas reuniões da ACODOPI ou pela internet, no site do LABMECA: www.astronomia.ufop.br
Sobre o convidado: Jerônimo Alves da Rocha Neto perdeu a visão aos 10 anos de idade. Estudou no Instituto São Rafael, em Belo Horizonte, onde concluiu o ensino fundamental e iniciou sua formação musical. Atuou por 30 anos como servidor público na área da saúde e, desde 1985, dedica-se à coordenação de bandas musicais. Em 1997, fundou o grupo Forró no Escuro, posteriormente renomeado Forró Cabra Cega, formado exclusivamente por pessoas cegas. Sua principal bandeira no campo dos direitos culturais é a inclusão de pessoas com deficiência, com base no reconhecimento de suas competências artísticas. Foi agraciado com prêmios como o “Nada sobre nós sem nós” (MinC, 2012) e recebeu homenagens da Câmara Municipal de Belo Horizonte. Com mais de 800 apresentações no currículo, Jerônimo já levou sua música a diversas cidades brasileiras e a países como Turquia, Inglaterra e Suíça.
O bate-papo acontecerá após reunião da ACODOPI, marcada para as 15h no Paço da Misericórdia.